quarta-feira, dezembro 30, 2015

Funilaria e pintura numa Carreta Karmann-Ghia 1987

Funelaria e Pintura simplificados numa carreta

Tenho uma carreta Karmann-Ghia 1987, que comprei em 1993, num camping. Ela tem como vantagens a construção simples e robusta, a tampa com fechadura e a facilidade de guarda-la em pé, ocupando pouco espaço. Tem me sido muito útil, mas após 22 anos de uso e nenhum reparo importante eu percebi que estava com ferrugem em vários pontos e o seu chão, de placa de compensado Madeirit estava podre na beiradas.
Tentei várias oficinas de funilaria e pintura, mas os preços eram incompatíveis com o valor da carreta. Assim sendo decidi encarar o serviço, mesmo sabendo que ficaria bem aquém do trabalho profissional. Comecei a ler sobre o assunto, procurar dicas na internet e conversar com amigos, que possuem algum conhecimento nesta matéria.
Resumo:
11. Desmontagem de toda carreta, por sinal bastante fácil. Marcação cuidadosa das peças pequenas e parafusos (de vários tipos).
22. Lixamento paciente e cuidadoso usando lixa de ferro (mão) e lixadeira elétrica (orbital e de disco). Removida toda a ferrugem até aparecer o aço nu.
33. Como a parte do chão e laterais estavam muito apodrecidas quando retirei o Madeirit optei por serrar uma faixa de 5 cm da chapa de aço nas laterais, em contato com o Madeirit, deixando a caçamba 5 cm mais baixa. Tinha 45 cm e ficou com 40 cm de altura.
44. Uma metalúrgica local fez uma bandeja (quase quadrada – 1,0 x 1,10 m) de chapa de aço de 2 mm, com reborda de 5 cm.
55. Um amigo que possui solda MIG fez a soldagem desta bandeja às laterais e assim o fundo da caçamba passou a ser de chapa de aço.
66. Lixamento da tinta velha e áreas de soldas.
78. Aplicação de antiferruginoso nas áreas mais críticas (duas vezes) usando pincel.
89. Aplicação de Primer Univ7ersal (cinza) em toda a carreta usando pistola de pintura.
910. Aplicação de tinta automotiva Duco usando pistola de pintura. Cor branca na caçamba e tampa e cor amarela no chassis.  No fundo foi aplicado batida de pedra cor branca, tanto na parte interna como externa e depois pintado novamente com tinta branca. Isto também foi feito na parte interna dos paralamas.
111.            Trocado as cinco ripas de madeira da tampa e pintadas com verniz.
112.            Refeito a fiação elétrica e ligação das lanternas, luz de freio, seta e luz da chapa.
113.            Colocado borrachas novas no quadro da tampa.
114.            Montagem de toda a carreta e efetuado pequenos retoques.
115.            Polimento após duas semanas.





















5.

Preço da carreta em bom estado àR$ 4.000,00
Menor orçamento das oficinas consultadas à R$ 1.500,00 + material.
Meu custo à R$ 500,00 (thinner, soldas, chapa do fundo, tintas, lixas, parafusos, etc.). Aproveitado sobra de tinta da pintura de outro veículo.
Tempo de trabalho: mais de um mês e menos de dois meses. Muitas interrupções para aguardar secagem e outras por erros e correções.
Resultado final aceitável, pois não se trata de um carro e sim de um veículo auxiliar, relativamente bruto. Garantia completa de que toda a ferrugem foi realmente removida e o metal convenientemente tratado. Acredito que este tipo de serviço pode eventualmente ser usado também num utilitário antigo, no qual o proprietário deseja a recuperação da carroceria, a garantia da remoção completa da ferrugem e não tenha a estética em primeiro plano.
Não optei por jateamento da caçamba porque o chão estava tão podre que quase nada de bom restaria no final do jateamento. Por isso achei melhor cortar com serra os 5 cm inferiores da caçamba e trocar o fundo de compensado Madeirit por chapa de aço 2 mm.

Capt. Gottlieb

December 2015