terça-feira, dezembro 06, 2016

Buggy Gaiola (CAUYPE)

Este Buggy Gaiola foi montado em 2012 e parece uma réplica do famoso  Cronus Crotalus.
Motor 1600, um carburador, ignição eletrônica, freios a disco na dianteira e suspensão traseira com molas helicoidais. Mecânica VW Fusca e distancia entre-eixos encurtada 30 cm. Rodas aro 14 na frente e aro 15 na traseira. Dois lugares. Banco concha e cinto de 4 pontos. Tanque de inox (25 litros). Bom para cidade e ótimo para trilha.








domingo, outubro 02, 2016

Bajas e Gaiolas VW



Buggys e Gaiolas VW
Mecânica do tradicional FUSCA
Muitos estão usando suspensão IRS na traseira (Variant II ou Kombi)
Os que tem vão livre mais alto usam na dianteira manga de eixo sobreposta
Pneus mais agressivos
Motor 1500, 1600 ou AP




























domingo, agosto 07, 2016

Santos Dumont versus Irmãos Wright

Na abertura das Olimpíadas (Rio 2016) voltou a polêmica de Alberto Santos Dumont versus Irmãos Wright.



Mas esta polêmica é fácil de esclarecer, embora muitos (de ambos os lados) fiquem chateados com a verdade. A França ofereceu um prêmio para o inventor que fizesse uma máquina voar por seus próprios meios. Santos Dumont tinha boa experiência com balões, mas acabou aceitando o desafio e fez o 14-bis, uma máquina voadora esdrúxula que cumpriu o prometido (decolou e voou) e ganhou o prêmio em 12 de Novembro de 1906. Mas tudo indica que um ou dois anos antes os irmãos Wright haviam feito uma máquina voadora de sucesso e até de aspecto mais convincente que o 14-bis, como aeronave primitiva. Esta notícia (boato) era de conhecimento público e assim os irmãos norte-americanos foram convidados a exibir a máquina em Paris. Não aceitaram, pois para levantar voo era necessário o uso de uma catapulta e isto era contra o regulamento do prêmio francês. Na verdade os Wright queriam patentear o invento do avião e ganhar muito dinheiro, mas Santos Dumont abriu mão da patente e o sonho dos gananciosos brothers caiu por terra (literalmente).
Entre 1907 e 1909 Santos Dumont fez os modelos Demoiselle e estes eram máquinas bem diferentes do 14-bis e de muito melhor aspecto aerodinâmico. Foram os precursores dos ultra-leves modernos. As máquinas derivadas do Wright Flyer também tinham aspecto aerodinâmico muito melhor que o 14-bis e passaram a decolar só com auxílio do motor e hélice. E assim a novata indústria aeronáutica, livre de patentes e royalties, rapidamente se desenvolveu. Em 1914, ao começar a Primeira Guerra Mundial, o avião de guerra já era uma arma cada vez mais usada.
Em suma: a ganância pela patente e a insistência no uso da catapulta derrotaram os irmãos Wright, embora tudo nos leve a crer que o "Wright Flyer" pudesse ser uma máquina superior ao 14-bis. Sugiro ver e examinar as fotos, sem paixões ou preconceitos.

segunda-feira, maio 02, 2016

Transmissão 4x4 do Schwimmwagen

Aqui eu mostro a transmissão 4x4 do Schwimmwagen, sem segredos. 
O Schwimmwagen causa sensação por ser uma veículo anfíbio, mas o mais importante a meu ver é a sua transmissão. Na verdade é um jipe VW desenvolvido para a Wehrmacht e que podia cruzar um curso d'água. O veículo está muito longe de ser um barco, mas podia rodar bem por estradas barrentas e até transpor um rio ou um pequeno lago. Para fazer isto era necessário que as rodas dianteiras também tivessem tração, caso contrário não haveria como sair da água. Os alemães acrescentaram também uma caixa de redução ao câmbio, que assim passou a contar com uma reduzida. A tração normal era 4x2, mas em terrenos ruins poderia ser usada a tração 4x4 e até reduzida (cross-country reduction gear). O câmbio era seco e para se engatar 4x4 e/ou reduzida o veículo precisava estar parado e depois engatado em 1ª marcha. Estas só trabalhavam se o veículo estivesse engatado na 1ª marcha. O jipe anfíbio foi um enorme sucesso, principalmente na frente russa onde quase todas as estradas eram de terra e péssimas.
Agora cabe a pergunta. Por que após o término da guerra a Volkswagen continuou a fabricar o Fusca e nunca se interessou em fabricar um veículo VW 4x4 (que não precisaria ser anfíbio)??????? Afinal o projeto havia sido testado na guerra e com enorme sucesso!!!! Dizem as más línguas (e as boas também) que Willys Overland e Land Rover pressionaram para que isto jamais fosse feito. Se tivesse sido fabricado um Jipe Fusca com tração 4x2, 4x4 e reduzida a Willys e a Land Rover iriam chorar!!!!















sexta-feira, fevereiro 26, 2016

MÁQUINA DE SOLDAR

Máquina de Solda Elétrica

É basicamente um transformador que rebaixa entrada de 220 V e 30-50 A e deixa sair na ponta do eletrodo uma tensão de aproximadamente 40 V e uma amperagem regulável, de 30 a 250 A.
Como a máquina exige uma amperagem razoavelmente elevada para uma casa é prudente liga-la no relógio da luz (vide tabela de fios).


Caso a pessoa ligue a máquina numa tomada comum da casa o fio pode aquecer e até se fundir ou se incendiar, danificando muito a instalação elétrica da residência.
Muitos ligam os dois fios da máquina no relógio da luz com garras e isto é perigoso (choque elétrico). O melhor é instalar uma tomada de porcelana com pinos mais calibrosos, próprios para suportar amperagens mais elevadas, sem derreter ou queimar.
O fio para máquina deve  ser de pelo menos 10 mm², pois poderá suportar até 50 A. Os disjuntores de entrada do relógio da luz também devem ser de pelo menos 50 A.
O aterramento da máquina não deve ser esquecido, pois poderá proteger o soldador de uma eventual fuga de corrente e choque elétrico.
Um chuveiro de 4400 watts, 220 V trabalha com 20 A e deve usar um fio de 4 mm². Mas a prudência ensina a usar sempre um fio um pouco acima do calculado (6 mm² - coeficiente de segurança). Mas a máquina de soldar poderá exigir o dobro da amperagem!
Antes de ligar a máquina confira sempre o aterramento, a posição da garra negativa e a correta fixação das peças que serão soldadas.
Para serviços caseiros é mais comum se usar o eletrodo mais fino (2,5 mm²), mas em alguns serviços pode ser necessário usar o eletrodo de 3,25 mm².
Este tipo de máquina não se presta para soldar chapas de aço finas, pois mesmo usando-se amperagem baixa acaba furando.
Para serviços mais leves deve-se começar regulando a máquina em 50 A e se tiver muita dificuldade para abrir o arco pode-se aumentar gradativamente.
Uma amperagem elevada (150 a 200 A) pode ser usada para cortar ferro (aço), mas a superfície de corte será grosseira.


Solda a arco elétrico

A temperatura do arco elétrico atinge valores de até 6000ºC. Seu calor intenso e concentrado solda rapidamente as peças e leva o material de enchimento até o ponto de fusão. Nesse estado, os materiais se misturam e, após o resfriamento, as peças ficam soldadas. Na minha máquina só uso eletrodos para soldar ferro e aço carbono.

O arco elétrico ou arco voltaico

É uma descarga elétrica mantida em meio ionizado, com desprendimento de intenso calor e luz. É o arco voltaico que aprendemos na Física. A corrente flui através do ar por uma pequena distância, mesmo o ar não sendo bom condutor. No comprimento do arco elétrico, existe uma mistura de moléculas, átomos, íons e elétrons. Nesse caso, o ar é ionizado, podendo vir a ser um condutor; a corrente pode fluir, porém o arco tem de ser aberto.
A soldagem não pode ser executada, utilizando-se diretamente a corrente normal da rede. A tensão é muito elevada, podendo ser de 110 e 220 V. Com tais valores de tensão, existe risco de morte.

Transformador para soldagem

Os transformadores de soldagem podem apenas ser conectados à corrente alternada e fornecem só esse tipo de corrente. Isso está relacionado com a contínua variação do campo magnético na bobina primária, onde circula apenas corrente alternada. Essa constante variação ou alternância do campo magnético gera corrente na bobina secundária. Nos transformadores, modifica-se apenas a tensão da corrente alternada. Na minha máquina é do tipo monofásico e alimentada com tensão de 220 V.
Os transformadores, sendo máquinas para soldagem com corrente alternada, não têm polaridade definida e só permitem o uso de eletrodos apropriados para esse tipo de corrente, é um equipamento silencioso, seu aproveitamento é de 90% e não produz sopro magnético devido ao uso de corrente contínua.
Quando faço soldagem de ferro de construção, por exemplo uma barra 5/16” deixo a máquina em 80 A e uso eletrodo de 2,5 mm². Se for ferro de ½” uso eletrodo 3,25 mm² e a mesma amperagem. Abaixo de 50 A fica muito difícil abrir o arco e o eletrodo frequentemente fica grudado na peça.
O uso da máscara de soldador é obrigatório, pois a luz é muito intensa e pode danificar a córnea. Em trabalhos prolongados a luz do arco pode causar queimadura na pele exposta, semelhante à queimadura solar. É interessante se proteger com macacão, avental, luvas e botas de borracha.

Em relação à máscara de solda devo dizer duas palavras. A máscara comum é muito barata e eficiente, porém exige mais prática e perícia, pois o operador inicia o arco olhando diretamente para a ponta do eletrodo e imediatamente se protege com a máscara ao abrir o arco. Parece fácil, mas não é, principalmente para aqueles que são principiantes ou  fazem uso da com pouca frequência. Existe uma máscara moderna, muito mais cara e que tem o visor transparente. Quando abre o arco este visor escurece automaticamente. A proteção para os olhos que as duas máscaras conferem é idêntica, mas a grande diferença está na abertura do arco. Para os novatos a máscara moderna ajuda muito, para os soldadores experientes é apenas um conforto a mais.