CASTER, uma medida muito importante e por vezes esquecida.
O exemplo mais fácil para entender o CASTER é começando pela bicicleta. Se o garfo tivesse o CASTER a zero grau poderíamos girar o guidão com o dedo mínimo, quase sem fazer força alguma. Porém isto deixaria a bicicleta muito instável quando se aumentasse a velocidade. O Tico-tico das criancinhas tem CASTER a zero, pois rodam a baixa velocidade e permite girar o guidão com um mínimo de força. Idem para enormes caminhões fora-de-estrada que carregam toneladas de minérios. O carrinho de super-mercado é um exemplo de CASTER negativo, pois roda a velocidade baixíssima e precisa ser muito manobrável. O clássico Fusca tem CASTER entre 4 a 5,5 graus positivo. Se o CASTER for próximo de zero ou negativo o Fusca fica passarinhando nas retas, principalmente acima de 50 Km/h. Um CASTER muito exagerado pode ser encontrado em motos tipo Chopper e triciclos. Pilotar uma motocicleta com garfo muito longo e inclinado (CASTER exagerado) dá muita estabilidade nas retas, mas exige mais força e "manha" para fazer curvas e depois voltar a posição neutra. Cada marca de carro tem um CASTER definido pelo fabricante. Dirigindo um carro qualquer com CASTER correto o motorista sente que ao dobrar uma esquina o volante tende a voltar a sua posição neutra, bastando uma pequena ajuda. Infelizmente muitos locais que alinham carros sabem medir a cambagem, a convergência/divergência, as diferenças e assimetrias...mas não sabem medir o CASTER ou medem errado. E dirigir um carro com CASTER incorreto é um martírio.
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